quinta-feira, 1 de julho de 2010

PC do B - partido dos lantifundiários, escravagistas e do imperialismo norte-americano

O novo ídolo dos escravagistas, assassinos e torturadores
PCdoB, um partido a serviço direto dos latifundiários e do imperialismo

O deputado do PCdoB de São Paulo, Aldo Rebelo, relator da Comissão Especial do Congresso Nacional sobre o Código Florestal tornou-se o principal representante da bancada ruralista, ou seja, da bancada do latifúndio, em plena ofensiva da direita contra os militantes da luta pela terra

30 de junho de 2010

No dia 24 de junho, uma das líderes da bancada ruralista no Congresso Nacional, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), publicou um artigo com elogios rasgados ao deputado do PCdoB, Aldo Rebelo.

O título da matéria da principal porta-voz do latifúndio no Congresso era “A coragem moral de Aldo Rebelo”.

O motivo de tanto amor e apreço é a relatoria do deputado “comunista” do projeto de alterações do Novo Código Florestal. O líder do PCdoB na câmara é efetivamente o principal representante dos interesses da bancada ruralista na comissão do Congresso que discute o projeto. A proposta defendida por Rebelo é um ataque à população brasileira e um “presente” aos latifundiários.



PCdoB em defesa dos latifundiários



As modificações propostas pelo relator da Comissão Especial do Congresso – composta por uma maioria ruralista – ao Código Florestal Brasileiro de 1965 são uma verdadeira declaração de amor ao mais retrógrado setor da sociedade brasileira: os latifundiários.

As alterações propostas por Aldo Rebelo e apoiadas de maneira delirantemente entusiástica pela bancada ruralista são cuidadosamente feitas de acordo com os interesses dos latifundiários. Essencialmente as modificações institucionalizam a perseguição aos pequenos proprietários e o favorecimento dos latifundiários.

A começar pela proposta escandalosa e verdadeiramente criminosa que anistia os latifundiários condenados por desmatamentos cometidos até julho de 2008. A aprovação dessa proposta vai favorecer diretamente a senadora do DEM, presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil e líder da bancada ruralista no Congresso Nacional. A senadora recebeu multa de R$ 77 mil por desmatamento ilegal de 776 hectares sem autorização do IBAMA em Tocantins. A multa, recebida em 2004, está hoje em R$ 120 mil. Eis um dos motivos dos elogios da latifundiária ao deputado do PCdoB.

Está claro que a anistia proposta pelo relatório de Aldo Rebelo favorece os latifundiários, que são os maiores devastadores do País. Na prática, o que ocorre é que os ruralistas poderão continuar usufruindo das enormes extensões de terra, ou seja, o projeto de Aldo Rebelo favorece a manutenção do latifúndio, ainda que a terra tenha sido obtida através do crime ambiental. O projeto passa por cima até mesmo da reforma agrária branda prevista pela Constituição, que destinaria terras que “não cumprem com sua função social”, como é o caso, para a reforma agrária.

O projeto do deputado do PCdoB é uma proposta abertamente anti-reforma agrária e, portanto, contra todo o povo pobre do campo brasileiro em favor de uma minoria de latifundiários escravagistas, ladrões de terras e assassinos de camponeses.



É preciso ter “coragem”



A senadora do DEM e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) afirma no título de seu artigo que Aldo Rebelo tem a “coragem moral” por defender o Novo Código Florestal. Temos que concordar em parte com a latifundiária. O deputado do PCdoB, partido que leva a palavra “comunista” no nome e se intitula como de “esquerda”, teve que ter muita coragem e ousadia para defender a direita mais retrógrada, aqueles que nesse momento estão assassinando camponeses em todo o País. Mais que coragem, é preciso ter uma cara-de-pau sem limites.

As alterações no Código Florestal defendidas por Aldo Rebelo, que agradam tanto à senadora do DEM fazem parte da ofensiva geral dos latifundiários contra os sem-terra e os camponeses pobres em geral. Aldo Rebelo decidiu mostrar sua “coragem moral” no momento de maior repressão no campo.

Para começar, no Congresso Nacional está em vigor a CPI do MST, cuja principal propositora e defensora foi nada mais nada menos do que a própria Kátia Abreu. A CPI faz parte do ataque dos latifundiários às organizações dos sem-terra. Nos últimos anos, intensificou-se as prisões e perseguições aos militantes do movimento camponês. Com a desculpa de que o MST estaria usando indevidamente recursos da União, os latifundiários conseguiram aprovar a CPI para perseguir o movimento, atacar a organização dos camponeses e reprimir os militantes.

Os mesmos latifundiários que estão de namoro com o deputado do PCdoB são os responsáveis pelos maiores ataques contra os camponeses. Em 2008, a revista Istoé publicou uma matéria acusando os companheiros da Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia de ser um grupo “narco-guerrilheiro”, com ligações com as FARC colombianas., uma história mentirosa financiada pelos latifundiários da região para abrir caminho para a repressão contra os companheiros.

Tanto que, na época, jagunços invadiram um acampamento, assassinando, torturando e incendiando os barracos dos companheiros. Foi nessa época que jagunços, apoiados pela polícia militar, assassinaram o companheiro Betão, com dezenas de tiros calibre 12 à queima roupa.

Em 2009, em Pernambuco, três companheiros do MST, Alceu Ferreira dos Santos, Paulo Alves Cursino e Severino Alves da Silva, da cidade de São Joaquim do Monte, que participaram de ação em que os sem-terra se defenderam de jagunços armados na entrada de um acampamento, atirando nestes em defesa de suas famílias, foram presos em um processo draconiano, provando que a justiça não dá aos trabalhadores o que é um direito fundamental a qualquer cidadão: o direito à autodefesa.

Também no ano passado, no Pará, jagunços assassinaram de maneira covarde o companheiro Luíz Lopes. O companheiro, líder da LCP do Pará, foi brutalmente assassinado pelas costas e até agora nada foi feito para punir os responsáveis. Luíz Lopes era uma liderança histórica do movimento camponês no Pará e esteve presente no ato de Primeiro de maio independente e socialista, organizado pelo PCO e outras organizações como a própria LCP, em 2008 para defender os sem-terra dos ataques dos latifundiários.

Em 2009 também o companheiro Pelé, um dos fundadores da LCP de Rondônia, escapou por pouco de um atentado cometido por jagunços. Ele levou dois tiros e só não perdeu a vida porque conseguiu fugir para o mato.

Esses são apenas alguns casos de muitos ataques cometidos contra as organizações da luta pela terra. A lista de ataques contra os camponeses, particularmente aqueles cometidos contra os militantes, é extensa. Segundo a Comissão Pastoral da Terra, calcula-se que nos últimos 13 anos, aproximadamente 400 trabalhadores rurais foram assassinados.

É nesse quadro que atua o PCdoB, o representante dos latifundiários assassinos no Congresso Nacional. Não há limites para a política direitista desses mafiosos, que usam o nome de comunista para defender as maiores atrocidades contra os trabalhadores. Realmente é preciso ter coragem.



Por que o PCdoB?



Não é por acaso que a direita mais reacionária da política brasileira escolheu justamente o PCdoB (Partido Comunista do Brasil) para realizar este ataque contra a população. Para a direita, completamente desmoralizada diante da população, nada melhor que um “esquerdista” para fazer o trabalho sujo e servir como testa-de-ferro.

O PCdoB prova mais uma vez que está a serviço dos maiores inimigos do povo. Esse é e sempre foi o seu papel político. Quando a direita não tem forças para atacar os trabalhadores, vêm socorrê-la. Por isso, enquanto os trabalhadores sem-terra são assassinados, torturados e presos, o deputado Aldo Rebelo se transforma no maior defensor dos latifundiários responsáveis por esses crimes.

Essa é a função do PCdoB dentro dos movimentos de luta dos trabalhadores: servem como cobertura de “esquerda” para os ataques da burguesia. Foi assim nos anos 80, quando servia como uma verdadeira tropa de choque para barrar o desenvolvimento das oposições sindicais que estavam em luta contra o peleguismo oficial da ditadura militar. O PCdoB era o capanga dos patrões contra a luta independente dos trabalhadores.

O mesmo quadro é visto nos Correios, onde o PCdoB foi colocado pela direção da empresa nos principais sindicatos da categoria para defender a privatização da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos).

No Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo, nas duas últimas eleições, apesar de terem sido derrotados, foram colocados na direção por meio de fraudes e golpes. Na última eleição, em 2008, contaram com a ajuda de uma junta interventora da justiça para garantir, que controlou as eleições. Tudo isso porque os capitalistas precisam da ajuda de traidores dentro do movimento sindical para aprovar o projeto do governo de Correios do Brasil S.A. que privatiza a maior empresa estatal brasileira.

A direção da empresa está financiando e corrompendo sindicalistas para intimidar os trabalhadores, que estão em luta contra a privatização. Em Minas Gerais, principal sindicato dirigido pela oposição Ecetistas em Luta, que trava uma luta contra a privatização e os desmandos da empresa, tentaram repetir o golpe que deram em São Paulo.

Um grupo financiado pela empresa tentou utilizar a justiça e o Estado para intervir na organização dos trabalhadores e controlar as eleições. Repudiados pela categoria, esses elementos do PCdoB/CTB S.A. partiram para a violência extrema. Esfaquearam dois companheiros da Corrente Ecetistas em Luta. Avelar Viana, secretário geral do Sintect-ES e Edson Dorta, carteiro de Campinas e ex-secretário geral da Fentect.

O criminoso, chamado Orozimbo Roberto dos Santos, partiu para cima dos companheiros que estavam ajudando nas eleições para a direção do Sintect-MG.

Essa é a face desse grupo de fascínoras. Os trabalhadores devem expulsar esses corruptos e assassinos de dentro dos movimentos populares. Sua única função é intimidar a luta dos trabalhadores.

Esse é o motivo da aliança de Aldo Rebelo com os assassinos e torturadores dos sem-terra. O PCdoB é a tropa de choque dos patrões e dos latifundiários contra os trabalhadores.

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