terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Terceirização dos Correios

Pela imediata abertura de concurso



Direção dos Correios quer demitir para terceirizar



O aumento da terceirização faz parte das exigências dos capitalistas que querem privatizar os Correios



13 de dezembro de 2010



A terceirização já está sendo utilizada pela direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) há algum tempo. Primeiro contratando alguns trabalhadores na área administrativa. As franquias, no início dos anos 90, distribuíram para empresários ligados a diretores da ECT o serviço das agências que deveria ser feito pelos Correios.



Na área operacional, os motoristas foram os primeiros a serem atacados. A empresa começou a terceirizar o serviço de transporte e chegou ao ponto de acabar com o cargo dos motoristas no PCCS (Plano de Cargos Carreiras e Salários) 2008.



Aos poucos, a terceirização começou a aumentar. Em agosto, a direção da ECT anunciou que faria um “Plano de Contingência” usando como pretexto o risco de “apagão postal” que seria causado pela quebra nos contratos das ACFs (Agências de Correios Franqueadas). O “apagão postal não veio, mas os planos da empresa estão sendo colocados em prática e o principal deles é a terceirização em massa dos serviços. Na época em que na anunciou o plano de contingência, dez mil terceirizados e temporários seriam contratados entre o final de 2010 e o começo de 2011.



O que os trabalhadores dos Correios estão vendo nos principais setores é exatamente isso. A empresa está cheia de terceirizados, fazendo os serviços dos OTTs e carteiros. Tudo isso com baixos salários e sem os direitos que a categoria conquistou por anos de luta.



A partir de agora, a terceirização é uma tendência cada vez maior da direção da ECT. É uma exigência dos capitalistas internacionais que querem privatizar os Correios que a mão de obra seja substituída por terceirizados, pois assim garantem maiores lucros, vindos da super-exploração desses companheiros.



Por isso, a direção da ECT está enrolando os trabalhadores com o concurso público que nunca é realizado e que acaba de ser revogado, com a promessa de que um novo será aberto em janeiro, mas sem nenhuma garantia de rapidez nas contratações. Pelo contrário, não há prazos e as datas desse suposto concurso podem ser adiadas.



Nos últimos dois anos, a empresa realizou pelos menos dois PDVs (Plano de Demissões Voluntárias), que resultaram na demissão de milhares de companheiros, sem a reposição sequer da metade. A falta de funcionários se torna cada vez mais alarmante nos setores e o trabalho mais extenuante.



O sucateamento da mão de obra, com a contratação de terceirizados e temporários, faz parte desse plano de privatização. A idéia, em curto prazo, é trocar os concursados pelos terceirizados. Quem tem dúvida, é só falar com algum companheiro terceirizado para perceber o tratamento degradante que as empresas terceirizadas dão aos trabalhadores.



Os patrões tratam os trabalhadores como se fossem seus escravos particulares. Os trabalhadores dos Correios não permitirão esse tratamento.



Está na ordem do dia a luta contra a privatização, que passa lutar contra a terceirização da empresa e pela incorporação dos terceirizados que já estão trabalhando nos Correios. Exigir da empresa que cumpra todas as obrigações com esses terceirizados que fazem exatamente os serviços de qualquer trabalhador dos Correios e exigir a imediata abertura de concurso para contratar no mínimo 30 mil novos funcionários.

Um comentário:

UM VARÃO DE DEUS disse...

Parabéns Geraldo, pela sua visão !!!
Temos que nos unir !!
feliz 2011 pra vc!!!e para todos os trabalhadores dos correios!!
Arizinho dos Correios DR MS