quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Crise européia atingirá o Brasil

Crise europeia atingirá o Brasil


Segundo colaborador da Rádio Bandeirantes, redução da taxa Selic para 11% ao ano é uma medida que pode suavizar o impacto

Delfim Netto aponta as medidas que podem ajudar a reduzir impacto da crise europeia no Brasil / Divulgação Delfim Netto aponta as medidas que podem ajudar a reduzir impacto da crise europeia no Brasil Divulgação

    Ouça também

  • Confira depoimento de Delfim Netto sobre a crise econômica
Não há saída: cedo ou tarde, os efeitos da crise na Europa chegam ao Brasil com mais força. O prognóstico é do ex-ministro da Fazenda Delfim Netto, colaborador da Rádio Bandeirantes.

Ouvido há pouco no Jornal Gente na conexão diária com o canal BandNews TV, ele indicou as possíveis consequências da crise europeia no país.

Entre as consequências mais importantes estão a dificuldade para financiar o desenvolvimento do país e a volatilidade na Bovespa.

Para o economista, a provável redução dos juros para 11% ao ano pode ajudar a suavizar o impacto da crise econômica em território brasileiro.

EUA não sabem se Israel avisaria antes de atacar o Irã

EUA não sabem se Israel avisaria antes de atacar o Irã


quarta-feira, 30 de novembro de 2011 20:38 BRST




Por Phil Stewart
A BORDO DE UM AVIÃO MILITAR DOS EUA, 30 de novembro (Reuters) - O principal general dos Estados Unidos disse nesta quarta-feira à Reuters que não tem certeza de que Israel avisaria de antemão Washington caso decida realizar uma ação militar contra o Irã.
O general Martin Dempsey, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, admitiu também que há divergências entre Israel e EUA sobre a melhor maneira de lidar com o Irã e com o seu programa nuclear.
Ele afirmou que os norte-americanos estão convencidos de que as sanções e a pressão diplomática são o melhor caminho para convencer o Irã a abandonar seu programa atômico, mas sempre mantendo "a intenção declarada de não retirar nenhuma opção da mesa" - expressão habitualmente usada pelos EUA para dizer que não descartam uma ação militar no futuro.
"Não tenho certeza de que os israelenses partilham nossa avaliação sobre isso. E, como eles não (partilham), e como para eles isso é uma ameaça existencial, acho que provavelmente é justo dizer que nossas expectativas são diferentes no momento", disse Dempsey em entrevista durante o trajeto Washington-Londres.
Ele não explicou quais são essas divergências, e tampouco esclareceu se considera que Israel está se preparando efetivamente para atacar o Irã.
EUA, Israel e outros governos suspeitam que o Irã esteja desenvolvendo clandestinamente armas nucleares, embora Teerã insista no caráter pacífico das suas atividades. O país está enfrentando novas sanções da comunidade internacional por causa de um recente relatório da agência nuclear da ONU que corroborava as preocupações ocidentais.
A ideia das novas sanções ganhou mais força nesta quarta-feira, quando fontes diplomáticas disseram que a Grã-Bretanha apoiaria a proibição de importação de petróleo iraniano. O Irã, no entanto, vê o programa nuclear como uma fonte de poder e prestígio, e não está claro se eventuais novas sanções alterariam a sua análise de custo e benefício.
Há temores de que, se as potências nucleares não conseguirem atrair Teerã para uma negociação séria a respeito do seu programa nuclear, Israel poderia se sentir ameaçado e atacar o país persa.
Questionado diretamente sobre se Israel alertaria os EUA de antemão caso optasse por uma ação militar, Dempsey respondeu de forma lacônica: "Não sei."

sábado, 19 de novembro de 2011

O Capitalismo e a miséria americana

O CAPITALISMO E A MISÉRIA AMERICANA


19/11/2011 10:49,



O capitalismo, dizem alguns de seus defensores, foi uma grande invenção humana. De acordo com essa teoria, o sistema nasceu da ambição dos homens e do esforço em busca da riqueza, do poder pessoal e do reconhecimento público, para que os indivíduos se destacassem na comunidade, e pudessem viver mais e melhor à custa dos outros. Todos esses objetivos exigiam o empenho do tempo, da força e da mente. Foi um caminho para o que se chama civilização, embora houvesse outros, mais generosos, e em busca da justiça. Como todos os processos da vida, o capitalismo tem seus limites. Quando os ultrapassa no saqueio e na espoliação, e isso tem ocorrido várias vezes na História, surgem grandes crises que quase sempre levam aos confrontos sangrentos, internos e externos.

A revista Foreign Affairs, que reflete as preocupações da intelligentsia norte-americana (tanto à esquerda, quanto à direita) publica, em seu último número, excelente ensaio de George Packer – The broken contract; Inequality and American Decline. Packer é um homem do establishment. Seus pais são professores da Universidade de Stanford. Seu avô materno, George Huddleston, foi representante democrata do Alabama no Congresso durante vinte anos.

O jornalista mostra que a desigualdade social nos Estados Unidos agravou-se brutalmente nos últimos 33 anos – a partir de 1978. Naquele ano, com os altos índices de inflação, o aumento do preço da gasolina, maior desemprego, e o pessimismo generalizado, houve crucial mudança na vida americana. Os grandes interesses atuaram, a fim de debitar a crise ao estado de bem-estar social, e às regulamentações da vida econômica que vinham do New Deal. A opinião pública foi intoxicada por essa idéia e se abandonou a confiança no compromisso social estabelecido nos anos 30 e 40. De acordo com Packer, esse compromisso foi o de uma democracia da classe média. Tratava-se de um contrato social não escrito entre o trabalho, os negócios e o governo, que assegurava a distribuição mais ampla dos benefícios da economia e da prosperidade de após-guerra – como em nenhum outro tempo da história do país.

Um dado significativo: nos anos 70, os executivos mais bem pagos dos Estados Unidos recebiam 40 vezes o salário dos trabalhadores menos remunerados de suas empresas. Em 2007, passaram a receber 400 vezes mais. Naqueles anos 70, registra Packer, as elites norte-americanas se sentiam ainda responsáveis pelo destino do país e, com as exceções naturais, zelavam por suas instituições e interesses. Havia, pondera o autor, muita injustiça, sobretudo contra os negros do Sul. Como todas as épocas, a do após-guerra até 1970, tinha seus custos, mas, vistos da situação de 2011, eles lhe pareceram suportáveis.

Nos anos 70 houve a estagflação, que combinou a estagnação econômica com a inflação e os juros altos. Os salários foram erodidos pela inflação, o desemprego cresceu, e caiu a confiança dos norte-americanos no governo, também em razão do escândalo de Watergate e do desastre que foi a aventura do Vietnã. O capitalismo parecia em perigo e isso alarmou os ricos, que trataram de reagir imediatamente, e trabalharam – sobretudo a partir de 1978 – para garantir sua posição, tornando-a ainda mais sólida. Trataram de fortalecer sua influência mediante a intensificação do lobbyng, que sempre existiu, mas, salvo alguns casos, se limitava ao uísque e aos charutos. A partir de então, o suborno passou a ser prática corrente. Em 1971 havia 141 empresas representadas por lobistas em Washington; em 1982, eram 2445.

A partir de Reagan a longa e maciça transferência da renda do país para os americanos mais ricos, passou a ser mais grave. Ela foi constante, tanto nos melhores períodos da economia, como nos piores, sob presidentes democratas ou republicanos, com maiorias republicanas ou democratas no Congresso. Representantes e senadores – com as exceções de sempre – passaram a receber normalmente os subornos de Wall Street. Packer cita a afirmação do republicano Robert Dole, em 1982: “pobres daqueles que não contribuem para as campanhas eleitorais”.

Packer vai fundo: a desigualdade é como um gás inodoro que atinge todos os recantos do país – mas parece impossível encontrar a sua origem e fechar a torneira. Entre 1974 e 2006, os rendimentos da classe média cresceram 21%, enquanto os dos pobres americanos cresceram só 11%. Um por cento dos mais ricos tiveram um crescimento de 256%, mais de dez vezes os da classe média, e quase triplicaram a sua participação na renda total do país, para 23%, o nível mais alto, desde 1928 – na véspera da Grande Depressão.

Esse crescimento, registre-se, vinha de antes. De Kennedy ao segundo Bush, mais lento antes de Reagan, e mais acelerado em seguida, os americanos ricos se tornaram cada vez mais ricos.

A desigualdade, conclui Packer, favorece a divisão de classes, e aprisiona as pessoas nas circunstâncias de seu nascimento, o que constitui um desmentido histórico à idéia do american dream.

E conclui: “A desigualdade nos divide nas escolas, entre os vizinhos, no trabalho, nos aviões, nos hospitais, naquilo que comemos, em nossas condições físicas, no que pensamos, no futuro de nossas crianças, até mesmo em nossa morte”. Enfim, a desigualdade exacerbada pela ambição sem limites do capitalismo não é apenas uma violência contra a ética, mas também contra a lógica. É loucura.

Ao mundo inteiro – o comentário é nosso- foi imposto, na falta de estadistas dispostos a reagir, o mesmo modelo da desigualdade do reaganismo e do thatcherismo. A crise econômica mais recente, provocada pela ganância de Wall Street, não serviu de lição aos governantes vassalos do dinheiro, que continuaram entregues aos tecnocratas assalariados do sistema financeiro internacional. Ainda ontem, Mário Monti, homem do Goldman Sachs, colocado no poder pelos credores da Itália, exigia do Parlamento a segurança de que permanecerá na chefia do governo até 2013, o que significa violar a Constituição do país, que dá aos representantes do povo o poder de negar confiança ao governo e, conforme a situação, convocar eleições.

Tudo isso nos mostra que estamos indo, no Brasil, pelo caminho correto, ao distribuir com mais equidade a renda nacional, ampliar o mercado interno, e assim, combater a desigualdade e submeter a tecnocracia à razão política. É necessário, entre outras medidas, manter cerrada vigilância sobre os bancos privados, principalmente os estrangeiros, que estão cobrindo as falcatruas de suas instituições centrais com os elevados lucros obtidos em nosso país e em outros países da América Latina.

Este texto foi publicado também nos seguintes sites:



http://www.vermelho.org.br/ap/noticia.php?id_secao=9&id_noticia=168910

http://contextolivre.blogspot.com/2011/11/o-capitalismo-e-miseria-americana.html

http://noticias.ziipe.com/wordpress/?p=21733

http://easonfn.wordpress.com/tag/miseria-americana/

http://blogln.ning.com/main/sharing/share?id=2189391%253ABlogPost%253A882601

http://democraciapolitica.blogspot.com/2011/11/o-capitalismo-e-miseria-americana.html

Os Egípcios querem um governo civil

Milhares de egípcios protestam no Cairo por transferência para governo civil


18/11/2011 12:42, Por Redação, com Reuters- do Cairo




Mais de 50 mil egípcios foram à Praça Tahrir, no centro do Cairo, se manifestar para exigir que a junta militar que assumiu depois da queda de Mubarak agiliza a transferência de poder para um governo civil

Mais de 50 mil egípcios compareceram nesta sexta-feira à praça Tahrir, no Cairo, para pressionar a junta militar a apressar a transferência do poder para um governo civil, depois de o gabinete interino apresentar uma proposta constitucional que reafirma o poder das Forças Armadas.



Os manifestantes – a maioria homens com barba e mulheres com véus – entoaram cânticos religiosos antes das preces da sexta-feira, enquanto outros distribuíam panfletos exigindo a retirada da proposta constitucional e a realização de eleições presidenciais até abril.



-Será que o governo quer humilhar o povo? O povo se revoltou contra (o ex-presidente Hosni) Mubarak, e vai se revoltar de novo contra a Constituição que querem nos impor-, gritou um membro de um grupo islâmico salafista pelo alto falante, para aplausos da multidão.



A presença da multidão na praça Tahrir lembrava os 18 dias de ocupação desse espaço, no começo do ano, que resultou na deposição de Mubarak.



O Egito realizará eleições parlamentares em 28 de novembro, mas o processo pode ser prejudicado se os partidos políticos e o governo não chegarem a um acordo sobre o anteprojeto constitucional que coloca os militares a salvo de qualquer supervisão parlamentar, potencialmente permitindo que as Forças Armadas desafiem um governo eleito.



Pelo menos 39 partidos e grupos políticos disseram em nota que vão se manifestar para “proteger a democracia e a transferência de poder”. Negociações entre os grupos islâmicos e o gabinete foram rompidas.



Os partidos e movimentos salafistas – que seguem ensinamentos islâmicos ortodoxo — foram os primeiros a galvanizar apoio para o protesto desta sexta-feira. A Irmandade Muçulmana e vários partidos liberais aderiram posteriormente.



Os grupos islâmicos montaram seu próprio palanque, e a praça ficou dividida entre os diversos grupos políticos – exceto no momento da oração.



Milhares de salafistas chegaram ao Cairo vindos de diferentes partes do país. Muitos agitavam bandeiras e cantavam o hino nacional. “Viemos de ônibus do Delta (do Nilo). Fomos convocados a vir demonstrar nossa recusa ao regime militar e nosso apoio ao regime civil”, disse Mohamed Ali, militante do partido salafista Al Asalah.



Na cidade portuária de Alexandria, milhares de pessoas participaram de um protesto semelhante, e pretendiam posteriormente ir em passeata até um quartel. “Fomos exigir mudança, mas tiraram Mubarak, e trouxeram o marechal”, gritava a multidão.

domingo, 13 de novembro de 2011

O ultra-esquerdismo se encontra com o stalinismo

Onde o ultra-esquerdismo se encontra com o stalinismo
 
Nota da Juventude do PSTU sobre a campanha de calúnias da LER-QI
 
 
JUVENTUDE DO PSTU
 
 
• A USP está ocupada. Desta vez, não se trata da presença de algumas
viaturas ou PMs no campus, o que já seria por si só revoltante, mas da
presença massiva de helicópteros, carros blindados, caminhões e mais de 400
integrantes da Tropa de Choque - a mesma que assassinou 119 detentos no
Presídio do Carandiru em 1992.
 
Como já havíamos dito em nossa nota política,* “Com este ato de violência e
arbitrariedade, cai por terra todas as desculpas da reitoria e fica
absolutamente claro por que se mantém a Policia Militar no campus da
Universidade. O objetivo não é proteger a população dos criminosos. O
OBJETIVO É REPRIMIR E INTIMIDAR O MOVIMENTO ESTUDANTIL. Utilizam-se do
trágico assassinato do estudante, ocorrido recentemente, para permitir a
entrada da Polícia Militar, utilizando-se do argumento do combate à
criminalidade. A PM não resolveu o problema de combate à criminalidade e,
ao contrario iniciou um processo de perseguição e controle dos estudantes e
funcionários abordando e revistando-os, entrando em Centros Acadêmicos e
prédios de aula, interferindo diretamente nos espaços que deveriam permitir
um debate livre e democrático de ideias. E agora demonstraram claramente o
principal objetivo da reitoria em mantê-los no campus: reprimir
violentamente, com prisões e detenções a qualquer manifestação realizada
pelos estudantes, e futuramente dos funcionários”. *
 
Com a militarização do campus, o movimento estudantil da USP recebe um duro
golpe. Agora, a tarefa de todas as entidades e ativistas estudantis,
sindicais e políticos é cercar de solidariedade os presos de Rodas-Alckmin
e lutar pela sua libertação, bem como seguir a luta contra a presença da PM
no campus.
 
No curso dessa luta, os estudantes terão ainda a tarefa de superar a
política ultra-esquerdista da LER-QI e sua concepção de ‘democracia dos que
lutam’, ou seja, a ideia de que os rumos do movimento estudantil, suas
ações e seus métodos devem ser decididos não pela base, mas apenas por
aqueles que estão dispostos a lutar. Com isso, a tarefa de ganhar a
consciência da massa estudantil fica relegada a segundo plano, já que ‘os
que lutam’ tomam as decisões. Trata-se de uma método nefasto, suicida e
criminoso, que a base dos estudantes saberá julgar no momento devido.
 
No entanto, independente de nossas diferenças políticas, o que consideramos
absolutamente inaceitável é que a LER-QI tenha resolvido, também, lançar
uma campanha de calúnias contra o PSTU, com o objetivo de desmoralizar
nossa organização, fazendo-nos passar por traidores e infiltrados da
Reitoria.
 
As acusações são gravíssimas. Em uma nota de 4 de novembro, publicada em
seu site, a LER-QI afirma que o PSTU e o PSOL teriam negociado, pelas
costas dos estudantes, com a reitoria, a desocupação da Administração da
FFLCH (ocupada antes da Reitoria). Para comprovar esta “teoria”, citam um
documento “vazado” na internet alguns dias antes. A nota afirma:*“Recentemente
vazaram na internet documentos em que, no dia seguinte à ocupação da
Administração da FFLCH, 28/10, José Clóvis, assessor do gabinete do reitor,
informa o Reitor Rodas sobre 'reunião realizada hoje com algumas lideranças
estudantis na História'”*
 
A seguir, a declaração da LER-QI cita o documento “revelador”:
 
*“Prezado Professor João, (…) fui conversar com os setores organizados do
movimento estudantil e professores. Desse encontro surgiram algumas
propostas para colocar fim à invasão do prédio da Administração da FFLCH:
1) Os alunos disseram que há dois grupos no interior do movimento sendo um
organizado, ligado aos pequenos partidos de esquerda; o outro, composto de
ultraradicais que não desejam sair. Porém, se a Congregação for convocada
extraordinariamente para segunda-feira (…) e for discutida a invasão, os
radicais talvez sintam-se acuados; 2) Para além da crítica à invasão (o que
certamente ocorrerá), os alunos entendem que a congregação pode encaminhar
ao sr. e ao CO, uma proposta de reforma do Estatuto (…) 3) A proposta deles
é que o sr. revogue o convênio com a PM, porém, discuti com eles que isso é
pouco provável (…). Uma proposta que acredito a Congregação pode encaminhar
e que eles acharam interessante é que um Fórum Permanente de Segurança
possa ser constituído com a presença de representantes deles próprios, da
PM, de ilustres professores e representantes’ dos funcionários. (...)”*
 
Como se vê, ainda que seja verdadeiro, e que tenha ocorrido uma “conversa
com os setores organizados do movimento estudantil”, em nenhum momento o
documento afirma que a conversa foi com militantes do PSTU ou de qualquer
outra organização em particular. O informe simplesmente não cita nenhuma
organização!
 
Não contente com o documento que nada revela, a LER-QI conclui: *“É um
absurdo! Quem são essas 'lideranças estudantis'?! Não é muita coincidência
que justamente a idéia de 'desocupar' a Administração da FFLCH apresentada
neste email tenha sido exatamente a mesma proposta que PSOL e PSTU
(desocupação) que também por coincidência são lideranças estudantis na
FFLCH?” *
 
Parece que estamos lendo o site de Veja, mas infelizmente trata-se de uma
organização que se reivindica de esquerda. A calúnia e a confusão são
evidentes. De nossas posições políticas com respeito à ocupação da
Administração da FFLCH, a LER-QI simplesmente conclui que nós... negociamos
escondidos com a reitoria e passamos informações a ela!
 
A LER-QI abandona assim as regras morais mais elementares da esquerda e se
joga em uma campanha vergonhosa, indigna, suja e mesquinha, com o único
objetivo de combater nossas posições políticas. É a moral do vale tudo, que
não tem nada em comum com os valores defendidos pela esquerda
revolucionária e socialista, à qual a LER-QI diz pertencer.
 
Mas as mentiras e as calúnias não páram por aí. Sentindo que o documento
vazado na internet não lhe dá uma base sólida para travar seu vale-tudo
contra o PSTU, a LER-QI cita um outro documento “vazado”, este sim citando
nomes. Diz a LER-QI: “Inclusive, em outro documento que está circulando, de
2/6, Waldir Jorge, coordenador da COSEAS, escreve a Amadio, chefe de
gabinete, sobre a moradia retomada”.
 
Eis o segundo documento:
 
*“Hoje tive reunião com alunos Adrian e Renan do DCE, (…) há uma grande
possibilidade de avançarmos na recuperação desta área. (…) Há uma real
vontade deles em acertarmos os ponteiros. Sugiro agendarmos uma reunião (…)
e fecharmos mais este pacote de pepino!” *
 
A confusão é deliberada! A LER-QI mistura um informe sobre uma conversa
misteriosa a respeito da ocupação da Administração da FFLCH com um e-mail
sobre uma reunião a respeito da sede do DCE, ocorrida em 2 de junho (!). O
que isso tem a ver com a ocupação da Administração da FFLCH???
 
Aqui a LER-QI incorpora o PSOL na sua ofensiva de calúnias e faz um
amálgama, a fim de reforçar a tese de que houve uma negociação com a
reitoria, às escondidas do movimento, para desmontar a ocupação da
Administração da FFLCH.
 
Com um cinismo poucas vezes visto no movimento, a LER-QI afirma mais
adiante em sua nota: *“É necessário organizar uma Comissão Independente
para apurar os fatos e apresentar para todos os estudantes quem são as
'lideranças estudantis' que negociaram com a Reitoria pelas costas do
movimento a desocupação.” *
 
Mas perguntamos à LER-QI: para quê uma comissão se vocês já desvendaram o
crime? Para quê uma comissão se vocês já misturaram dois e-mails que não
têm nada a ver um com o outro e já retiraram daí a resposta, já obtiveram a
prova cabal de sua acusação stalinista? Para que uma comissão se vocês já
tem certeza absoluta que foram o PSTU e o PSOL que negociaram pelas costas
dos estudantes? Para que perder um tempo preciso? Por que não condenar
imediatamente e sem apelação o PSTU?
 
Ou... vocês não tem certeza? Mas se vocês não tem certeza, por que então
acusam o PSTU e o PSOL com tanta propriedade? Se vocês não têm provas, com
que direito tentam embaralhar a cabeça dos estudantes com uma falsificação
tão barata? Se vocês não têm provas, como ousam tentar manchar o nome de
uma organização que tem um histórico moral inatacável e sempre esteve nas
lutas, não tendo nunca se misturado com qualquer reitoria, patronal,
governo ou partido burguês? Com que direito?
 
O método da calúnia funciona de acordo com a seguinte lógica: “calunie mil
vezes, alguma sujeira sempre fica”. Isso quer dizer que quando alguém é
caluniado, nunca vai conseguir se livrar totalmente das acusações porque
sempre vai restar uma pontinha de dúvida de sua inocência. Por isso a
calúnia é um método tão “eficiente” na luta política. Isso é assim porque a
rigor não se pode provar a inocência de alguém. Só se pode provar a culpa.
 
Desafiamos então a LER-QI a provar suas acusações. Provem que algum
militante do PSTU algum dia negociou com a reitoria às costas do movimento.
Dêem, por favor, algum indício de tal reunião, algum nome, alguma data.
 
Se vocês não oferecerem tal prova, todo o movimento estudantil, as
organizações sindicais e políticas e as pessoas honestas entenderão que
vocês não passam de caluniadores stalinistas, mentirosos e degenerados,
cuja vida gira em torno ao combate ao PSTU e, que nessa cruzada desesperada
por nos destruir são capazes de tudo, até mesmo da mais baixa mentira, da
mais vil calúnia e da mais cínica confusão.
 
A que ponto a LER-QI desceu para apelar a esse tipo de recurso. Isso
demonstra que uma organização de esquerda não se constrói somente com um
programa radical, uma boa teoria e disposição de luta. É preciso também uma
moral mais elevada, uma moral que seja distinta da moral burguesa que
impera na sociedade capitalista, uma moral baseada na solidariedade, na
honestidade, na verdade entre lutadores, mesmo quando se trate de
adversários políticos e ideológicos. Imaginamos que para a LER-QI, essas
palavras soem como um idioma desconhecido, uma música do passado. É
lamentável que seja assim, pois uma organização sem moral é uma organização
sem futuro. E arriscamos dizer que por esse caminho, a LER-QI não tem
nenhum futuro. Podem ter uma ou outra vitória tática, mas apodrecerão
amanhã na vala comum do vale-tudo-na-luta-política. O exemplo de inúmeras
outras organizações nos permite fazer esse triste prognóstico. Em todo o
caso, lhe damos o benefício da dúvida e o direito de resposta. Com a
palavra, os companheiros.
 
Juventude do PSTU

Liga Árabe suspende Síria exige o fim das mortes

Liga Árabe suspende Síria e exige fim das mortes

12/11/2011 14:54, 
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A Liga Árabe pediu neste sábado para o Exército da Síria parar de matar civis e afirmou que está suspendendo o país do grupo, em uma medida surpreendente e que aumenta a pressão sobre o presidente Bashar al-Assad.
Síria
Em exigência ao fim das mortes na Síria, A Liga Árabe impõe sanções econômicas e políticas ao governo do país
A Liga Árabe vai impor sanções econômicas e políticas ao governo de Assad e pediu para que os Estados-membros retirem seus embaixadores de Damasco, afirmou o primeiro-ministro do Catar, Xeique Hamad Bin Jassim.
– Fomos criticados por termos demorado demais, mas isso estava fora de nossas preocupações com a Síria, afirmou Bin Jassim a repórteres no Cairo. “Precisávamos ter maioria para aprovar essas sanções.”
– Estamos pedindo para que os partidos de oposição da Síria se reúnam na sede da Liga Árabe para acertar uma visão unificada para o período de transição, disse Jassim.
Ele disse que a suspensão da Síria da liga passará a valer a partir do próximo dia 16.
Até agora, todas as esperanças das potências ocidentais de que Assad poderia ser isolado pelos seus vizinhos árabes tinham sido repetidamente derrubadas.
Alguns líderes árabes tem se mostrado relutantes em se voltar contra a Síria com medo da mensagem que isso possa passar para suas próprias populações, dizem diplomatas.
Jassim manteve a possibilidade de a Liga Árabe chamar a Organização das Nações Unidas (ONU) para ajudar a proteger os direitos dos sírios.
– Se a violência e as mortes não pararem, o secretário-geral vai chamar as organizações internacionais que lidam com os direitos humanos, inclusive as Nações Unidas, disse.
Segundo a ONU, 3.500 pessoas foram mortas em sete meses de violência.
Síria protesta
O representante da Síria na Liga disse que a decisão de suspender o país violou o estatuto da organização e mostrou que ela está “servindo à agenda ocidental e americana”.
Youssef Ahmed disse à TV estatal do país que a decisão de suspender a Síria, que teve dois votos contrários na reunião ministerial no Cairo, poderia ser tomada somente por consenso em uma cúpula dos líderes árabes.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Carta aberta aos indígenas do Maranhão

CARTA ABERTA DOS POVOS INDÍGENAS NO MARANHÃO
Nós, representantes dos povos indígenas Guajajara do Território
Araribóia, Pukobyê-Gavião do Território Governador e Krikati do Território
Krikati por articulação da COAPIMA - Coordenação das Organizações e
Articulações dos Povos Indígenas no Maranhão estamos acampados na sede
da Coordenação Regional da FUNAI em Imperatriz com o objetivo de discutir a
problemática das comunidades indígenas no Maranhão.
Este movimento é resposta aos inúmeros desrespeitos sofridos pelos
povos indígenas do estado como: desconsideração das propostas feitas pelos
indígenas, tentativa de cooptação de lideranças, contratação de madeireiros
para trabalhar nas comunidades indígenas influenciando na política interna dos
povos, falsificação de documentações, dentre outros cometidos pela atual
coordenação regional.
Desta forma o movimento indígena do Maranhão está reivindicando os
seguintes pontos:
1. Afastamento imediato do coordenador regional da FUNAI no Maranhão,
José Leite Piancó Neto, e a disponibilização do mesmo para outras
coordenações regionais;
2. Afastamento do coordenador técnico local (CTL) de Amarante do
Maranhão e a disponibilização do mesmo para outras coordenações
regionais;
3. Afastamento da chefe de educação da Coordenação Regional do
Maranhão, Eliane de Araújo e a disponibilização da mesma para outras
coordenações regionais;
4. Afastamento imediato da coordenadora substituta da Coordenação
Regional Raimunda Passos Almeida, o afastamento do atual chefe do
Setor de Transportes José Ribamar, afastamento do chefe de Divisão
Técnica Emerson Rubens Mesquita Almeida;
5. A exoneração dos DAS das coordenadorias técnicas locais (CTL) das
cidades de Arame e Montes Altos;
6. Realização de uma auditória interna na Coordenação Regional da
FUNAI nos últimos dez anos, feita pela Controladoria Geral da União
(CGU) com acesso aos relatórios parciais e final pelo Ministério Público
Federal (MPF) e a COAPIMA – Coordenação das Organizações e
Articulação dos Povos Indígenas do Maranhão;
COORDENAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES E ARTICULAÇÕES
DOS POVOS INDÍGENAS DO MARANHÃO
7. Condições que beneficiem o trabalho das CTL com estrutura física ideal,
transporte, materiais, insumos, logística, computadores, periféricos e
quadro técnico adequado;
8. Garantia de realização do Seminário sobre a Reestruturação da FUNAI
na cidade de Imperatriz com a presença de representantes da FUNAI -
Brasília bem como a formação do Comitê Gestor Regional da FUNAI
Maranhão;
9. Encaminhamento dos processos de regularização fundiária das terras
dos povos indígenas do Maranhão (Krikati, Bacurizinho, Governador,
Canela e Awa-Guajá);
10.Garantia orçamentária satisfatória inclusa no Plano Pluri Anual (PPA) da
FUNAI para a Coordenação Regional do Maranhão referente ao ano de
2012;
11.Comparecimento de caráter urgente do presidente da FUNAI, Sr. Márcio
Meira com o intuito de discutir a atual conjuntura dos povos indígenas do
Maranhão;
Portanto, nós do movimento indígena declaramos que mediante o não
atendimento das reivindicações acima, continuaremos acampados no prédio da
FUNAI em Imperatriz por tempo indeterminado.
Imperatriz – MA, 01 de novembro de 2011.
Celular:             +55 99 8414 0577      
E-mail:

Anita Prestes critica o PC do B por ter usado Prestes e Olga no horário político partidário na TV.

arta de Anita Prestes sobre lamentável evento recente: o programa do pcdob.
----- Original Message -----
Rio de Janeiro, 21 de outubro de 2011.
Ao Comitê Central do
Partido Comunista do Brasil
(PCdoB)
Dirijo-me à direção do PCdoB para externar minha estranheza e minha indignação com a utilização indébita da imagem dos meus pais, Luiz Carlos Prestes e Olga Benario Prestes, em Programa Eleitoral desse partido, transmitido pela TV na noite de ontem, dia 20 de outubro de 2011.
Não posso aceitar que se pretenda comprometer a trajetória revolucionária dos meus pais com a política atual do PCdoB, que, certamente, seria energicamente por eles repudiada. Cabe lembrar que, após a anistia de 1979 e o regresso de Luiz Carlos Prestes ao Brasil, durante os últimos dez anos de sua vida, ele denunciou repetidamente o oportunismo tanto do PCdoB quanto do PCB, caracterizando a política adotada por esses partidos como reformista e de traição da classe operária. Bastando consultar a imprensa dos anos 1980 para comprovar esta afirmação.
Por respeito à memória de Prestes e de Olga, o PCdoB deveria deixar de utilizar-se do inegável prestígio desses dois revolucionários comunistas junto a amplos setores do nosso povo, numa tentativa deplorável de impedir o desgaste, junto a opinião pública, de dirigentes desse partido acusados de possível envolvimento em atos de corrupção.
Atenciosamente,
Anita Leocádia Prestes